Roteiro para 30 dias no Sudeste Asiático!

Eu fui uma grande felizarda em poder explorar o Sudeste Asiático ao longo de 8 meses, porém sei que pouquíssimos tem esta quantidade de tempo e infelizmente devem se contentar em escolher quais lugares exatos ir, em apenas 30 dias, durante as férias do trabalho e/ou estudos.

É possível conhecer a região em 30 dias? Não, é claro. Porém é possível passar por lugares incríveis e sim conhecer cidades e pessoas que farão com que você ainda volte para esta região, assim que possível.

Assim como um roteiro na Europa, é muito melhor tentar se concentrar em 3-4 países, ao invés de 10, pois assim você realmente não irá conhecer nada, a não ser que você seja o tipo de turista que só se importa em ter uma foto no ponto turístico X e segue adiante.

Este roteiro varia em relação ao que você busca neste subcontinente. Você quer ver de tudo um pouco? Praias belíssimas, templos reluzentes, prédios futurístico? Baladas históricas, passeios feitos SÓ para os turistas?

As opções são inúmeras, e é difícil eu selecionar quais são os lugares mais tops que eu voltaria caso eu tivesse apenas 30 dias, mas vamos lá:

Chegaria por Bangkok (Tailândia) – 2 dias

Seguiria para Chiang Mai (Tailândia) – 3 dias

Voaria para Yangon (Myanmar) – 2 dias

Ônibus noturno para Bagan (Myanmar) – 2 dias

Ônibus noturno para Mandalay (Myanmar) 2 dias

Voaria para Hanói (Vietnã) – 2 dias

de Hanói sai o tour para Halong Bay – 2 dias

quando voltasse para Hanói vindo de Halong Bay, pegaria o bus noturno para SAPA (trekking)- 3 dias

Voaria para Hoi An (o aeroporto fica em Danang) – 4 dias

Voaria para Siem Reap (Camboja) – 3 dias

Voaria para Krabi (Tailândia) –  3 dias

Koh Pi Pi – 2 dias – Retorno para Bangkok para pegar o vôo de volta.

30 DIAS!

Este é um roteiro BEM intenso e que se for incluir o tempo gasto com transfers, talvez não seja possível e uma cidade teria que ser cortada.

É um roteiro que não esta incluso muita praia, então se você busca mais praias este roteiro teria que ser adaptado.

É claro que Malásia, Cingapura e Indonésia são incríveis, porém par suma primeira viagem para a região, escolhas devem ser feitas. No total neste roteiro seria possível conhecer bem 4 países.

Espero que este roteiro ajude algum de vocês que está planejando um mochilão para esta região 🙂

Qualquer dúvida, ficarei feliz em ajudar.

Ps.: Tirando Krabi e Koh Pi Pi, na Tailândia, todos os outros lugares eu fui e é possível encontrar mais informações aqui no blog.

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Cheers,

F. ❤

Halong Bay (Bahia de Halong) você deve ir!

Sem dúvidas um dos lugares que estava no topo da minha whist list era ir a Baía de Halong (Halong Bay) e ela não me desapontou nem um pouco. Posso dizer com toda certeza que esta no top 5 de lugares mais lindos que já vi na vida.

Como ainda não conclui os posts sobre o Vietnã, quero escrever logo sobre este lugar tão lindo e que todos deveriam ir ao menos uma vez na vida. Mas esta ai justamente um dos pontos ruins deste local, é que atualmente (ou talvez já faz tempo) o turismo tomou conta e estava lotado! Felizmente o passeio é feito em barcos, então cada grupo fica no seu barco, porém fizemos uma visita a principal caverna do local e tinha uma fila enorme e tudo foi mais demorado pois esta muito lotado.

Bom, para começar Halong Bay foi escolhida como uma das 7 Maravilhas da Natureza (da nova geração) e é também patrimônio mundial da UNESCO, ou seja, não é pouca coisa. Halong quer dizer “onde o dragão entra no oceano”, nome dado justamente pelas mais de 3000 formações rochosas, espalhadas pela baía e que parecem estar “entrando e saindo” como um dragão.

Como estava em Hanoi comprei o tour de 2 dias 1 noite para ir até a baía. Existem tours de 1 dia, o que pra mim não acho que vale a pena, pois demora 3:30 quase 4 horas para chegar até Halong city, saindo de Hanoi. Ou seja, você fica mais tempo na van do que lá. Existem tours de 3 dias também, e se eu tivesse tempo e dinheiro teria feito esse. Pois neste que fiz de 2 dias, na verdade lá em Halong Bay ficamos só 1 dia inteiro, e o resto do tempo em transito. Então foi rápido demais para o meu gosto, mas mesmo assim valeu a pena. Acabei pagando cerca de 75 dólares pelo tour e é preciso pesquisar. Achei que iria encontrar mais barato, e de fato existe, até por 40 dólares, porém você deve ter em mente que o barco onde irá dormir não deve ser nada bom, e ouvi relatos de ratos e péssima comida, então esta economia não vale nem um pouco.

O meu foi satisfatório, o quarto era confortável, com a/c, banheiro e a comida era boa (porém pouca). Não era um barco muito novo não, mas tinha o que precisávamos. Dividi o quarto com uma outra menina que estava viajando sozinha como eu (ela era suíça/francesa) e ficamos juntos com outros jovens franceses que estavam no barco e foi muito divertido. Na primeira noite ficamos jogando baralho até tarde, após termos ido visitar a caverna. A caverna em si é incrível, gigante, porém como comentei estava super cheio de gente. Após a caverna fomos a “praia” que mais uma vez por ser super pequena, quase não tinha espaço para nadar, rs. Mas neste local da praia existia um mirante, e como era quase a hora do por do sol, me aventurei e subi os inúmeros degraus até o topo e valeu a pena! A vista era de tirar o fôlego 🙂

O primeiro dia se resumiu a isso, já no segundo dia começamos super cedo, tipo 7 da manhã e gomo fazer kayak (canoagem) e foi super legal também, apesar de que depois de 10 minutos meus braços já estavam mortos 😀 mas ir remando próximo aquelas rochas enormes foi incrível. Depois disso tivemos um almoço super cedo e já tínhamos que liberar o quarto. Lá por meio dia já saímos do barco e fomos esperar nosso mini-onibus para voltarmos a Hanoi.

Como disse foi super rapido, mas sempre que dava ficava deitada no deck que tinha no topo do navio, só admirando o lugar. Incluo aqui algumas fotos para verem que estou falando a verdade ahhah 🙂

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A fila básica para entrar na caverna

A fila básica para entrar na caverna

Dentro da caverna

Dentro da caverna

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Lá do alto!

Lá do alto!

Aiii foi difícil ir embora… A criação de Deus é tão perfeita e este lugar é muito especial.

Até mais,

F. ❤

Hostels? Minhas dicas e experiências

Faz parte da realidade dos mochileiros que viajam com um orçamento apertado, ficar em albergues (eu prefiro chamar de hostel). É bem mais barato que um quarto de hotel, você conhece outros viajantes, alguns organizam festas ou tours, etc… e é especialmente mais viavel para aqueles que viajam sozinhos, como eu. Acho que a primeira vez que fiquei em um hostel foi em Miami em 2008, junto com minha irmã Fernanda, desde aquele época já perdi as contas em quantos hostels fiquei, mas com certeza foram muitos.

Qualquer lugar que eu vá, pode ter certeza que um dos primeiros sites que checo é o hostelworld.com site onde eu faço minhas reservas, sempre com base nas resenhas de outros viajantes, o que eu acho fundamental. Entre os pontos que mais valorizo estão: limpeza e localização. É baseado nisso que em geral faço minhas escolhas.

Tenho preferencia tambem por dormitórios só para mulheres, pois me sinto mais confortável, se tiver que trocar de roupa não tem problema, você coloca o pijama que quiser, etc… Fora que em geral homens roncam mais! Também tento escolher quanto menos cama, melhor, em geral um dormitorio não terá menos que 4 camas, podendo chegar até 22–28! A lógica é que quantos mais gente, mais barulho, mais agendas e horários diferentes e menos paz para dormir. Até agora que eu me lembre o dormitório com mais gente que dormi foi em Manila, nas Filipinas, onde fiquei em um quarto para 16 mulheres! Até que não foi tão traumático, mas o banheiro era impossivel ficar limpo, com este tanto de gente. Já fiquei em muito quarto mixto também e não tenho problema com isso até porque todas minhas histórias mais doidas em hostels foram causadas por mulheres!

Já tive experiências bizarras em hostels e olha que em geral tento escolher os que não são publicamente posicionados como party hostels, pois nesses sim, deve acontecer de tudo! Em janeiro quando fui para Londres com minhas irmãs, ficamos em em dorm feminino para 10, e se eu consegui dormir 1 noite inteira foi muito, pois era uma mistura, tinha a chinesas que ficavam até tarde fazendo compras e chegavam no quarto e queriam arrumar TODAS as sacolas (peguei trauma de barulho de sacola! E de fato chineses não tem muita noção e falam alto e fazem barulho sem se preocupar com os outros!), tinha uma vovó (sério ela tinha uns 60 anos) que roncava mais que um trator e a cereja do bolo, ou a historia mais inacreditável foi de uma menina X que trouxe um “amigo” durante a noite e não se importou que as beliches eram uma coladas na outra e fez o que bem queria, se é que me entendem! Pelo que analisei (parece até coisa séria ahahha) na Europa em geral os mochileiros vão para festar ou no caso dos asiáticos para fazer compras… Isso generalizando muito grotescamente, então acho que o povo não tem uma etiqueta mais sociável e respeitosa (tirando se você quiser festa) nos albergues, algo diferente aqui pela Ásia.

Aqui o povo, em geral sabe que uma noite bem dormida é valioso, pois viajar por aqui é muito mais trabalhoso do que na Europa, é claro. Tirando os Irlandeses, Britânicos e Australianos que são os que vêm até a Ásia só em busca de droga e cachaça barata o resto sabe balancear melhor. Nossa já divaguei demais hahah mas é para dizer que eu admiro os viajantes que respeitam os demais que estão no mesmo dorm. Desde que estou viajando pela Ásia tem sido tranquilo, a não ser em Hanoi quando estava em um dorm com uma louca, sério ela tinha problemas e nem o pessoal do hostel sabia o que fazer com ela, ela se trancava no banheiro, no escuro com o chuveiro ligado, e tinha alugado um moto na cidade e não queria pagar, até que a policia a levou até o hostel e fez eles pagarem! Entre outras coisas… Eu não dei muito papo pra ela, mas fiquei feliz que tinham outras pessoas dormindo junto no mesmo quarto! E mais recente (tipo, ontem) um grupo de 4 irlandesas voltaram mucho locas da balada, tudo bêbadas, fazendo barulho é claro, até que elas pareciam estarem dormindo quando uma delas abaixou as calças e fez xixi no meio do quarto! Depois ela deitou encima das malas (delas) e foi bater na porta para alguém abrir, mas detalhe: ela já estava do lado de dentro! É engraçado para não dizer trágico! Mas eu já estava de saco cheio, pois tinha que acordar cedo para ir mergulhar e fiquei umas 2–3 acordada enquanto tudo isso acontecia, isso porque essa mesma menina tinha trazido um rapaz para o quarto (que também estava hospedado no hostel) e ai o segurança teve que vir umas 2 vezes retirá-lo, pois não é permitido.

Anyway, depois de toda essa novela, hoje em dia não viajo mais sem tampão de ouvido (isso é vida!) e tapa olho. Não uso sempre, mas quando vejo que vou precisar, entro na minha “bolha” e durmo feliz 🙂

Fora isso eu curto ficar em hostel, já conheci muita gente bacana, pessoas que estão dando a volta ao mundo, ou simplesmente curtindo as férias. É uma oportunidade incrivel para conhecer pessoas incríveis e eu tento estar aberta a isso… Confesso que após tanto tempo viajando você já sabe como vai ser a conversa inicial (pra onde vai, de onde veio, há quanto tempo esta viajando, de onde vem, etc) e não é sempre que tenho ânimo, mas faz parte.

Recomendo ficar em hostel pela experiência e hoje cada vez mais eles estão ficando mais confortáveis e é claro o bolso agradece 🙂

Tinha tirado fotos ótimas para mostar o hostel em que estava, onde o episódio das bêbadas aconteceu, porém tive meu celular roubado em Manila 😦 então vou colocar uma foto do hostel que estou neste exato momento.

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Adoro quando tem esta “cortina” é ótimo para dormir tranquilo. Neste também tem luz e tomada individual, o que é 10! Ah by the way, este hostel é em Kuala Lumpur, Malásia.

Ps. Estou mega atrasada nos posts, pois estou sem meu computador há uns 12 dias 😦 no momento esta no concerto, então vou tentar atualizar aqui pelo iPad para não ficar mais atrasado ainda. 🙂

Cheers,

Flavia

Hanoi, capital do Vietnã

Oi!

Estou cada vez mais atrasada nos meus posts, oh Lord.. mas vou tentar dar um gás já que sinto que quando demoro muito para escrever sobre um local por onde passei, acabo esquecendo os detalhes e não escrevo tão bem.

Bom, de Hué (a cidade anterior) até Hanoi, capital do Vietnã, demorei quase 14 horas de viagem! Graças a Deus foi em um sleeping bus, um ônibus com cama e a viagem foi ok na medida do possível. Chegando lá fui caminhando até meu hostel que ficava no Old Quarter, que é o bairro antigo da cidade e o local onde se concentra a grande maiorias dos hotels, hostels, agências de turismo, lojas etc. No total fiquei 4 dias em Hanoi, 3 quando cheguei e depois mais 1 quando voltei de Sapa (que contarei em breve) e foi suficiente, pois Hanoi é uma cidade grande com um transito e buzinaço caótico que após algum tempo deixa qualquer um louco hahha.

Queria sair um pouco da área turística e no primeiro dia fui ao cinema e caminhei bastante, passando pela Ópera e outros prédios, mais uma vez fiquei supressa que assim como Ho Chi Minh, Hanoi é super bem desenvolvida e existem áreas mais “ricas”, com lojas de grife etc, coisa que jamais imaginava antes de vir ao país.

A ópera

A ópera

Aproveitei para comprar para o dia seguinte meu ingresso para assistir o Water Puppets, que é um teatro de marionete na água, tradicional do Vietnã e que “nasceu” em Hanoi. É bem interessante e bonito, porém é tudo em Vietnamita então não dá para entender nada é claro, mas acho que valeu a experiência (custou U$ 3,00).

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Hanoi é conhecida por ser uma cidade com muita opção de comida de rua, e é verdade, a cada esquina queria provar algo hahah mas as vezes não sabia o que era e eles não sabiam me explicar, ai nem sempre tinha coragem. Mas estava eu sentada comendo algo (que eu não tinha certeza o que era) sendo que eu queria também experimentar uma outra coisa que eles vendiam, ai perguntei para 2 vietnamitas que estavam do meu lado se aquilo era camarão, e elas então me deram um para provar! Povo gente boa esse né? 🙂

O principal ponto turístico da cidade é o mausoléu onde esta o corpo do maior líder Vietnamita, o Ho Chi Minh.

O principal ponto turístico da cidade é o mausoléu onde esta o corpo do maior líder Vietnamita, o Ho Chi Minh.

No meio de toda loucura da cidade existe um lago lindo, onde os viets fazem exercício, os turistas passeiam, etc é tipo um oásis em meio ao caos. Existem também muitos cafés espalhados pela cidade, o que eu adorei, uma pena que ainda é permitido fumar dentro dos locais :/

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Andando pela cidade achei este “mercado central” que é enorme, 3 andares, cheio de muita muamba, rs.

O lago

O lago

Enquanto estava em Hanoi tinha que decidir sobre os tours que queria fazer, pois ali era o local para isso. Primeiro perguntei no meu hotel mas o preço deles estava meio alto como pude constatar após fazer uma breve pesquisa de mercado rs No final das contas acabei fechando com uma agência e fiquei feliz com o serviço. Comprei o tour de Halong Bay (U$ 75,00 – próximo post) e o de Sapa (U$ 60,00 – post depois do de HB), sendo que não tinha certeza se queria ir para Sapa, pois sinceramente estava com preguiça de ter que pegar mais dois ônibus de 10 horas (ida e volta), depois de ter viajado o país inteiro de ônibus… porém graças à Dios mudei de ideia. Um ponto que me fez mudar de ideia também foi que eu não queria ficar mais 3 dias à toa em Hanoi ahhaha pois de qualquer forma teria que esperar até dia 29 quando iria pegar meu vôo para as Filipinas, bom e valeu muito a pena.

Pensando agora se fosse para escolher entre Hanoi e Ho Chi Minh (Saigon), as duas maiores cidades do Vietnã, preferi Saigon, pois o caos de motoqueiros é menor e você consegue “respirar” mais na cidade.. Hanoi é muito prédio, muita fumaça, um dia até tentei ir ver o rio que cruza a cidade, caminhei horrores debaixo do sol de 40 graus e não achava o Rio (isso sendo que que já estava na ponte!)… tamanha é a área construída da cidade.

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A tal da ponte…

Mas por ser um dos pontos principais de entrada e saída tanto do país quanto para Halong Bay e Sapa, Hanoi acaba merecendo a visita, pois mais uma vez é em meio a esta loucura toda que você entende este povo.

Cheers,

F.

Hué e a cidade Imperial

Saindo de Hoi An segui para Hué, onde fiquei por só 2 noites. A cidade em si não tem muita coisa para ver além da atração principal que é a citadel, ou a cidade Imperial, considerada patrimônio mundial pela UNESCO em 1993.  Hué foi capital de um império que durou algo como 400 anos e a área histórica é enorme, com mais de 500 ha, onde inclui a capital e o reino do império e a cidade proibida (algo similar ao que se encontra em Beijing).

Aluguei uma bicicleta e cruzei a ponte sobre o Rio Perfume para visitar o local. Existem vários tours que organizam passeios pelo local, o que deve ser bem interessante caso seja algo que te atraia, porém fui freestyle e gostei também, apesar de sentir falta de uma explicação mais detalhada de algumas coisas, então vez ou outra eu parava próximo a um grupo que tinha um guia e escutava disfarçadamente (hahaha, quem nunca?).

Diversos peixes que estavam em uma lago na entrada da citadel. Paguei por um saquinho de comida de peixe, por isso eles parecem estar desesperados na foto :P

Diversos peixes que estavam em uma lago na entrada da citadel. Paguei por um saquinho de comida de peixe, por isso eles parecem estar desesperados na foto 😛

A maquete da Citadel

A maquete da Citadel

Um teatro que achei por lá.

Um teatro que achei por lá.

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Estilo Chinês

Estilo Chinês

O hotel que fiquei foi bom para o preço, pois paguei U$9,00 por um quarto privado com banheiro, e para quem estava vindo de 5 noites em um hostel, dormindo com mais 5 em um quarto minúsculo (sendo que na última noite dormiu eu e mais 5 jovens bem bagunceiros) me senti em um 5 estrelas, ok exagero ahaha mas foi bom!

Além disso o hotel era bem localizado e em uma viela onde tinha o restaurante mais gostoso da cidade, tive até que escrever uma review deles no Tripadvisor, pois a comida era ótima e o serviço também. Aqui está: http://www.tripadvisor.com.ph/Restaurant_Review-g293926-d2012139-Reviews-Family_Home_Restaurant-Hue_Thua_Thien_Hue_Province.html

Além disso lá perto tinha uma boulangerie (padaria) com croissants e pain au chocolat que adorei, fora que este é também um café com causa social, ou seja, as pessoas que ali trabalham são jovens antes marginalizados e eles também trabalham na profissionalização de jovens como padeiros e confeiteiros os capacitando para trabalhar em restaurantes da região. Aqui a página deles no FB (pois não achei website): https://www.facebook.com/pages/La-Boulangerie-Française-Banh-mi-Phap/136435979797151 

Tive dois dias tranquilos em Hué, lá perto tem praia também, mas já estava bem queimada e devia evitar ahhah. Meu próximo trecho seria o maior da viagem até agora 13-14 horas, mais de 700km rumo à capital do Vietnã Hanoi, onde passei 3-4 dias e contarei no próximo post.

Cheers,

F.

 

Tourism and local development in Sapa, Vietnam.

I’ve been in Southeast Asia now for over 5 months and haven’t had the opportunity to do some kind of trekking among indigenous tribes, something common in the north part of the region, specially in Thailand, Laos and Vietnam. Close to complete 1 month backpacking in Vietnam I had the opportunity to go to Sapa, known region among travellers for its lush green rice paddies but also for being home for different indigenous minorities.

Surprised I was when I was greet by Si, a 21 year-old Black H’mong that would be our guide. I must say, from what I’ve seen so far in SE Asia, tourism can walk in a fine line between ruining a destination and impacting tremendously at the way people live or in some cases, truly help to develop a community and a tourism destination. This is what has happened in Sapa. The place is full of tourists, which can be a bit annoying sometimes, also because it was high season and the rice paddies were greenest ever.

The paddies

The paddies

They beauty and wisdom in the face of this Black H'mong lady

They beauty and wisdom in the face of this Black H’mong lady

The trekking would be 2 days, 1 night in a local’s home stay, walking over 16 km!  So gladly I had plenty of time to talk with Si and also the other ladies that follow and help us along the way (hoping to sell us some of their beautiful crafts by the end of the journey). Si spoke very good english, something learnt with the tourists and that made her eligible to work as a tour guide for over 3 years now. With 2 young children (the baby was carried by her and friends along the 16 km) her husband took care of their family rice field while she worked with the tourists.

Si's baby

Si’s baby

The first tourists arrived in their village a bit over 30 years, from what Si said, and from that time the village has improved with more money coming in and people are happy to show their culture and habits. Recently their village just had built a new small hydropower station that now brings energy to many villages. A lot more can be done, since their local school has no high school, the families cannot afford sending their child to Sapa city to study, so they stay home helping their parents in the fields.

Their new powerhouse

Their new powerhouse

Despite that, their sense of community is amazing, one helping the other and while choosing among their handmade craftsmanship they would say: buy one from and onde from her. Their crafts, maid from hemp fiber that becomes a fabric that is tinted in dark blue by a local plant, is the livelihoods of many of the older population that are too debilitate to work in the field and or as a guide. In many ways tourism has become the source of income of a great part of the H’mong people, since their agriculture is mainly and only for family consumption. My hope is that they maintain their traditions and that tourism may continue to help this community as they should.

The hemp fabric making process

The hemp fabric making process

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Cheers!

Flavia.

Hoi An, o melhor do Vietnã

Pra começar… sei que estou super atrasada nos meus posts pois estive em Hoi An no meio de julho e desde então já fui a outros vários lugares e hoje mesmo faço minhas malas depois de viajar por um mês inteiro pelo Vietnã, rumo ao meu próximo destino.

Mas vou tentar correr atrás e postar sobre os lugares incríveis que passei nos últimos dias.

Pra começar: Hoi An. Até suspiro ao me lembrar desta cidade, sem dúvidas a mais charmosa de todo o país. Depois de 5 dias aqui, foi difícil seguir viagem, pois se deixasse teria ficado mais ainda. Cidade pequena, de pouco mais de 120.000 habitantes, mas que gira em torno do turismo. E sim, tem muito turista, mas mesmo assim a cidade não perde seu charme. Fora o mero detalhe de que o centro antigo da cidade é considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO, e é incrível. Além da parte histórica existe também 2 praias lindas bem próximo ao centro da cidade (uma fica há 3 km e outra há 4 km, ambas lindas!).

As ruas de Hoi An

As ruas de Hoi An

Então minha vida em Hoi An se resumia a acordar, tomar café, alugar uma bicicleta, pedalar até a praia ou pelo centro antigo, almoçar no mercado central e trabalhar um pouco durante a tarde. Neste mesmo centro antigo existem inúmeras lojas de souvenirs e é divicil resistir a lábia dos vendedores, eles são muito bons! ahahha no primeiro dia eu comprei e fiz coisas que não queria e/ou não precisava, tudo pela lábia dos vendedores! 😛

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Eu preparada para andar sob o sol forte.

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Um dos templos da cidade, em estilo Chinês.

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O mercado central

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Minha foto favorita de Hoi An. Mostra a simplicidade deste povo.

Minha foto favorita de Hoi An. Mostra a simplicidade deste povo.

Os vestidos nas lojas de costura!

Os vestidos nas lojas de costura!

A praia de Hoi An.

A praia de Hoi An.

Em Hoi An existem muitos alfaiates e costureiras em geral, então existem diversas lojas espalhadas pela cidade onde você pode fazer seu terno em 1 dia, sob medida! A maioria dos turistas acabam fazendo alguma coisa, até eu que não queria e/ou precisava fiz, pois não é sempre que você pode ter algo sob medida. E eles fazem absolutamente de tudo, vestidos de festa lindos por 50 dólares, até sapato de couro é possível fazer. Acabei fazendo 2 peças, que não foram super baratas (42 dólares as duas) mas é aquilo né: quando na vida de novo você poderá ter algo feito sob medida pra você e no VIETNÃ! (provavelmente as chances são poucas).

Queria fazer também uma aula de culinária, pois é muito comum pela Ásia e como a comida vietnamita é uma das minhas favoritas achei conveniente fazer logo. Escolhi um escola de frente ao rio e custou U$ 17,00, e incluía me buscar no hotel e irmos ao mercado central onde o fui me explicou os ingredientes e tirou outras dúvidas e em seguida fomos para a parte prática. Na minha turma tirinha só eu, então foi uma aula privada 🙂 Após “cozinhar” com o chef eu comi tudo (quase tudo) que fiz, ali sentada de frente ao rio, e foi delicioso. Depois eles me enviaram por e-mail as receitas, então espero tentar reproduzir um dia o que aprendi lá 🙂

Após a aula de culinária

Após a aula de culinária

Salada de cenoura e manga e rolinho primavera "fresh"

Salada de cenoura e manga e rolinho primavera “fresh”

as "lanternas"

as “lanternas”

Em frente a ponte japonesa, a mais antiga e tradicional da cidade.

Em frente a ponte japonesa, a mais antiga e tradicional da cidade.

Meninas vendendo esta vela para colocar na água.

Meninas vendendo esta vela para colocar na água.

Fora isso sai alguns dias com os outros viajantes que estavam no mesmo quarto que eu, em geral saíamos para jantar e caminhar pela cidade durante a noite, que fica ainda mais linda, cheia de lanternas (luminárias) que dão um ar ainda mais único a Hoi An. Teve um dia também que resolvi alugar uma moto, sim uma moto! Mãe não brigue comigo.. ahhaha mas é que por todo lugar que passei alugar moto é bem comum, mas é claro que eu nunca fiz pois não sei dirigir uma moto, então a senhora dona da loja de aluguel me ensinou rapidinho, que fique claro que não era uma “moto” e sim uma scooter (tipo Biz) automática, então era tipo uma bicicleta, porém com mais velocidade 😛 aproveitei que estava em uma cidade pequena com pouco transito e foi o local ideal e tudo faz parte da filosofia de expandir seus limites e vencer o medo. Mas ainda sim prefiro as bicicletas.

Hoi An é o tipo de lugar que me faria voltar ao Vietnã só para poder mostrar para outras pessoas o quão lindo este lugar é e que apesar de toda influência do turismo ainda mantém sua originalidade. Ao final de minha estadia peguei um ônibus para Hué, onde fiquei só por 2 dias, porém contarei mais no próximo post.

Beijos, F.

Flor linda que vi em um dos templos

Flor linda que vi em um dos templos

 

I’m a diver (!) plus Nha Trang – Vietnam

Nha Trang é O destino do litoral Vietnamita, inúmeras opções de bares, restaurantes, hotéis, passeios, etc. Sabia que se eu quisesse tirar meu certificado de mergulho lá era o melhor local, segundo recomendações de outros viajantes e do próprio guia de viagens (Lonely Planet).

Cheguei sem lugar para ficar, e sai andando em busca de algo, pois a principio buscava um quarto individual, porém não achei nada por menos de U$15,00 então acabei indo para um hostel (HQ Hostel) que o dormitório custava U$6,00 com café da manhã e eu gostei bastante de lá, tanto é que acabei tendo que ficar por 6 noites! Até agora este é o local que fiquei por mais tempo 😛

No meu primeiro dia lá já fui atrás de uma escola de mergulho que tinham me indicado e fechei com eles mesmo. A escola chama Rainbow Divers e é super boa. Escolhi fazer o certificado PADI open water, que é o primeiro passo para quem quer aprender a mergulhar (com este certificado posso mergulhar até 18m) e é possível fazer em 3 ou 4 dias, porém fiz em 3. É bem cansativo pois tem teoria, prática e mais os mergulhos, que foram 4 no total.

Confesso que estava com bastante medo, porém paguei e agora tinha que fazer 😛 Cheguei no dia seguinte para dar inicio a parte teórica, e descobri que na minha turma seria só eu, então tive um instrutor só pra mim o que foi ótimo. Tive a manhã inteira de teoria mais testes (vários), onde você aprende de tudo, tudo que pode dar errado e o que fazer… o que da mais medo ainda. Logo em seguida após o almoço fomos para uma piscina para aprender outras coisas agora na prática e que eu teria que refazer no dia seguinte, desta vez em alto mar. Ficamos por quase 4 horas na piscina fazendo todo tipo de exercícios e cada vez que eu aprendia algum novo e tinha que fazer, pensava “o que que eu estou fazendo aqui?” pois era tudo muito difícil. Eu digo difícil mais no sentido de que tudo que você tem que aprender a fazer são coisas que você jamais fez na vida, completamente fora da zona de conforto, pois além de tudo, você tem que fazer embaixo d’água!

É preciso manter a calma, pois você esta respirando pela boca, porém dentre os exercícios, você tem que trocar a fonte de ar, tirar sua máscara e coloca-la de volta e limpar (tirar a água) a máscara estando embaixo d’água, etc.. os exercícios são inúmeros! Porém quando conclui o curso me senti muito realizada e orgulhosa da minha superação. Agora estou ansiosa para poder mergulhar em outros lugares!

Meu último mergulho (sorry a foto não é das melhores)

Meu último mergulho (sorry a foto não é das melhores)

O local lindo onde mergulhei

O local lindo onde mergulhei

Bom, após ter me tornando uma mergulhadora aproveitei para relaxar na praia, que em Nha Trang é uma delícia. Sem muitos vendedores ambulantes, porém com MUITOS RUSSOS, na verdade SÓ russos!

O que acontece é que existe vôo direto Moscow-Nha Trang e é impressionante a quantidade deles por aqui, por isso todos os letreiros de lojas e os cardápios estão em russo. As vezes não tem nem em inglês. O mais bizarro é ver os vietnamitas falando russo, para poder agradar a clientela, certo? Me questionei algumas vezes o porquê da quantidade deles por aqui, e os que via pareciam ser pessoas simples, com malas enormes, e pareciam ter o costume de viajar sempre. Eu me perguntava porque não ir para Croácia, ou Grécia que ali do lado deles, já que eles vem só em busca da praia mesmo. Conversando com um americano ele disse que deve ser porque os russos querem manter proximidade aos países comunistas (o caso do Vietnã). Bom, não quero parecer preconceituosa, mas chega incomodar o fato de você só ver russos.

Ainda assim aproveitei a praia e os inúmeros restaurantes com comida boa e barata que se encontra pela cidade. Culturalmente não há praticamente nada, mas a cidade vale a visita. Acabei ficando 6 noites, pois quando tentei reservar meu ônibus para o próximo trecho do meu roteiro, ele já estava lotado, então acabei ficando mais um dia. Porém recomendaria ficar 3-4 dias se você quer fazer mergulho/snorkelling ou passeio de barco, etc.

A catedral de Nha Trang

A catedral de Nha Trang

Achei super interessante, vi uns 2 destes "barbeiros" ao ar livre, porém eles não fazem a barba e sim limpam a orelha! Quase quis experimentar :P

Achei super interessante, vi uns 2 destes “barbeiros” ao ar livre, porém eles não fazem a barba e sim limpam a orelha! Quase quis experimentar 😛

Exemplo de letreiro em russo

Exemplo de letreiro em russo

Beijos até a próxima!

F. ❤

 

 

Mui Ne – Vietnam

Saindo de Saigon (Ho Chi Min) dando continuidade a minha jornada rumo ao norte do país,  segui para Mui Ne cidade no litoral do país que fica a 227 KM e em 6 horas de viagem cheguei ao meu destino.

Chegando fui procurar um lugar para ficar e o moto-taxi me levou para conhecer uma pousada e foi ali mesmo que fiquei, U$ 8,00 por noite para quarto privado e o quintal da casa já era direto na praia. Casa bem simples e a cidade em si não tem nada cultural para ver, é tudo em torno da praia mesmo. Aparentemente Mui Ne é o local ideal para quem gosta de kitesurf e surf (o que não é o meu caso). A praia é bonita porém não existe muita “areia” o que não é muito confortável, para ficar tomando sol.

Percebi que não teria muita coisa para ver ali então fiquei só 2 noites e segui para meu próximo destino, Nha Trang, mas antes disso resolvi fazer um tour para ver as dunas de Mui Ne. Paguei U$ 6,00 pelo tour de 4 horas e foi o melhor custo x benefício de toda viagem, pois não esperava ver paisagens tão lindas, como vocês poderão ver nas fotos, muito parecido com o Nordeste brasileiro, porém é no Vietnã 🙂 :

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A praia de Mui Ne (Mar da China)

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Gatinho dormindo na pousada (guesthouse)

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Primeira parada do tour: fomos caminhando por este riacho até chegar a umas formações rochosas na areia (não sei como chamar), uma delícia ir caminhando pela água.

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Disso que estava falando 🙂

Chegando nas dunas existe a opção de alugar quadriciclo, porém o preço era o mais caro do que paguei para fazer o tour inteiro, então não, obrigada. Outros vendedores ficam por lá também para oferecer algo para você escorregar pelas dunas, tipo ski-bunda.

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Saindo de lá fomos para a 1a duna. Muito lindo, com as nuvens ali.. e tinha bem poucas pessoas.

Minha foto favorita :)

Minha foto favorita 🙂

Lindo!

Lindo!

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Ainda fomos para uma segunda duna, desta vez para ver o por-do-sol (sem filtro).

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Cachorrinho fofo em um dos restaurante que fui almoçar.

Gostei de Mui Ne, para uma parada rápida, já que se eu quisesse ter feito Saigon-Nha Trang teria sido mais que 12 horas de viagem, parar em Mui Ne foi bom para descansar, e amei o tour. Porém chegando lá já pude ver o que me esperava nas cidades da costa Vietnamita, MUITOS RUSSOS! A coisa ficou pior ainda na outra cidade que fui, mas a partir de Mui Ne, todos os cardápios e letreiros das lojas é só em Vietnamita e em Russo… no próximo post conto mais sobre esta invasão.

No segundo dia em Mui Ne peguei o ônibus em direção a Nha Trang (também na costa) e foi uma viagem confortável, como podem ver na foto. Quando estava em Saigon comprei meu “open bus ticket”, algo muito comum no Vietnã. O que as empresas fazem é te vende rum ticket, com um certo número de paradas (as cidades que você quiser) e com as datas em aberto. Escolhi o sleeping bus que são estas camas ai, é confortável, porém não tem muito espaço para colocar sua bolsa/mochila.. mas mesmo assim não da para reclamar. Comprei com a Sinh Café e paguei cerca de 42 dólares, incluindo 5 paradas, até Hanói.

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Sleeping bus do Sinh Café.

Até a próxima ❤

F.

 

Hello Vietnam!

Cruzei a fronteira vindo do Camboja ao Vietnã sem muitas expectativas, sem saber se iria “aguentar” ficar 1 mês inteiro neste país que já ouvi relatos de pessoas que dizem que amaram e outras que  jamais voltariam. Já posso dizer que até agora minha experiência tem sido positiva, povo super receptivo, acomodação e alimentação boa e barata e belezas naturais incríveis. Decidi iniciar meu roteiro vindo do extremo sul, passando pelo delta do Rio Mekong e seguindo até o norte do país onde tenho que estar até no máximo dia 29 de Julho. Existe um roteiro clássico de onde ir parando ao longo deste caminho e portanto é o que eu vou fazer, porém sem datas fixas, caso eu goste do lugar eu fico, caso contrário sigo adiante. Como o intuito deste tour é dar suporte a minha pesquisa de mestrado, tinha que visitar onde o Rio Mekong “termina” e desagua no Mar Sul da China e para isso deveria visitar a região do Delta do rio Mekong. Existem várias cidades nesta região porém escolhi Can Tho como meu destino. No caminha até lá tive uma viagem longa e cansativa, vindo de Ha Tien (na fronteira com o Camboja), porém ali já pude conhecer a gentileza do povo vietnamita. Só era eu e mais 2 americanas no ônibus minúsculo que eles fizeram caber 32 pessoas (algumas sentavam no corredor em bancos de plástico!) e moças do nosso lado nos ofereceram frutas ao longo do caminho e até no convidaram para ir jantar na sua casa, mesmo com um inglês super limitado. Chegando na guesthouse já fechei o passeio para ir conhecer o Delta, que inclui passar para ver os mercados flutuantes (2), fábrica de produção de macarrão de arroz, um canal, entre outros. Negociei bastante e acabei pagando U$ 30 por um tour de 7 horas, que teve inicio as 5:30 da manhã! Descobri depois que acabei pagando caro, pois eu meio que paguei um barco só para mim, caso eu tivesse dividido com outra pessoa poderia ter pago metade 😦 Aproveitei o dia para passear pela cidade e passei por uma feira, aqui as fotos:

Passeando pela feira

Passeando pela feira

Fortes imagens: sapos à venda na feira

Fortes imagens: sapos à venda na feira

A feira

A feira

Bom enfim, o passeio foi bom, é impressionante ver como o Rio é importante no dia a dia deles, seja na troca, compra e venda de mercadorias, seja para o transporte ou até lazer, como vi alguns meninos nadando…  É uma região extremamente ativa e fiquei feliz quando entramos nos pequenos canais que formam do rio, pois era muito mais calmo.

O magnífico rio Mekong

O magnífico rio Mekong

O nascer do sol

O nascer do sol

O mercador flutuante

O mercador flutuante

Mulher vietnamita

Mulher vietnamita

Voltando para Can Tho, dei mais uma volta pela cidade, que não oferece muito além do Rio e comprei na guesthouse meu ticket para Ho Chi Minh (Saigon), que custou U$ 8,00 e foi uma viagem super confortável e rápida, só 3 horas ufa! Ho Chi Minh, ou Saigon como é chamada por seu antigo nome é uma cidade enorme, super moderna e se não fosse o trânsito caótico seria até uma cidade interessante de se viver. Saigon não é a capital do país mas é a segunda cidade mais importante e em termos econômicos é a que mais cresce no Vietnã. Cheguei na rodoviária e como não sabia onde estava acabei pegando um moto-taxi para ir ao hostel, mal sabia eu que seria uns 25 minutos de viagem em plena hora do rush! Eu e mais milhões de motos, buzinas o tempo todo e nenhum organização. Graças a Deus cheguei bem 🙂

Trânsito a noite em Saigon!

Trânsito a noite em Saigon!

A área dos hostels se concentram na região central e ficam perto dos principais pontos turísticos. Fiquei no Khoi Hostel, que foi bom, por U$ 7,00 com café da manhã, o único porém era o wi-fi que era péssimo. Chegando já sai para andar e conhecer um pouco a região e jantar. Fiquei supressa ao ver Burger King, Mc Donald’s… coisa que não se encontra (ainda) no Laos ou no Camboja. Como disse achei o Vietnã super moderno, no nível Tailândia, o que não esperava. No total fiquei 3 noites em Saigon e decidi que era melhor continuar meu roteiro pois em cidade grande acaba-se gastando mais, pois são muitas opções. Fui conhecer os principais pontos turisticos, que incluía a Catedral de Notre-Dame (herança dos tempos de domínio francês), os Correios (que fica em um prédio lindo feito por Gustave Eiffel – o mesmo da Torre Eiffel), o palácio da Independência e o museu dos remanescentes da Guerra do Vietnã.

A Catedral de Notre-Dame versão vietnamita. Ah detalhe: 30% do população do país é católica, então pela primeira vez vejo igrejas e não somente templos.

A Catedral de Notre-Dame versão vietnamita. Ah detalhe: 30% do população do país é católica, então pela primeira vez vejo igrejas e não somente templos.

Os Correios, design de August Eiffel.

Os Correios, design de Gustave Eiffel.

A Ópera

A Ópera

Jardim em frente a prefeitura

Jardim em frente a prefeitura

O palácio da reunificação

O palácio da reunificação

Fui no museu (custou U$ 0,30) e foi um caso a parte. Mais uma vez um povo marcado por uma guerra cruel e recente. Não sabia muitos detalhes sobre a guerra, porém o museu mostra através das lentes do Vietnã comunista, o que foi a guerra. Existem armamentos, tanks, avião etc, porém o que mais me tocou foram as diversas fotos expostos. Algumas não consegui nem olhar, principalmente as que mostram os efeitos das armas químicas utilizadas pelos EUA (o agente laranja – um herbicida que gera um subproduto cancerígeno) que além do impacto ambiental causado no país foi responsável também por causar doenças de pele, malformações genéticas, câncer, incapacidades mentais, e mais. O pior é que estas vítimas nunca receberam nenhuma compensação dos EUA. Uma pequena explicação sobre o que foi a Guerra do Vietnã: O sul do país brigava com o norte do país que era comunista e em 1965 os EUA enviaram tropas para apoiar o governo do Sul que não estava conseguindo evitar o movimento dos nacionalistas e comunistas. Os EUA não conseguiram atingir seu objetivo e saíram do país em 1973 e 2 anos depois o Vietnã se reunificou, tornando-se República Socialista do Vietnã. Nesta guerra porém, 3-4 milhões de vietnamitas morreram e cerca de 58 mil soldados americanos. Este envolvimentos dos EUA deu-se ao fato de que tinham medo que a União Soviética os ultrapassassem em poder e aliados, ou seja o Vietnã não pediu ajuda dos EUA. Foram 14 anos de guerra, atrocidades e sofrimento que obviamente deixaram cicatrizes no país e no seu povo. É um tanto complicado de entender, para quem tiver curiosidade aqui tem uma explicação bem clara: Guerra do Vietnã.

Alguns exemplares expostos do Museu da Guerra

Alguns exemplares expostos do Museu da Guerra

O Museu dos remanescentes da Guerra

O Museu dos remanescentes da Guerra

Existe ainda a possibilidade de visitar os túneis criados pelos Vietcongs (os Vietnamitas do Norte)  para sobreviverem a Guerra. O local fica afastado de Saigon mas em todos lugares é possível comprar o tour. Porém eu não quis fazer, acho que já vi demais e ver foto das pessoas sorrindo nestes túneis minúsculos me tira do sério.

Desse tipo

Desse tipo

Saigon é um ótimo lugar para compras também, por isso que tive que sair rápido de lá! ahhaha Mas sério, a maioria das fábricas de grandes lojas estão no Vietnã, então é claro que o povo ia dar um jeito de vender estas mercadorias. O principal shopping que vende Abercrombie, Nike, Zara, Forever 21, etc chama Saigon Square. Dei uma passada por lá e é bem tentador, muito coisa é claro que é falsificado porém outros não. Felizmente não tenho espaço sobrando em minha mochila e minhas compras se limitaram a uma legging Nike por 9 dólares e um óculos qualquer. Em minha última noite em Saigon choveu muito, porém consegui comer meu último Pho (o prato típico do país e que é maravilhoso!) e comprar meu ticket para sair na manhã seguinte para Mui Ne, meu próximo destino no país e que ficará para o próximo post.